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Assembleia vota pela suspensão da greve condicionando o retorno à assinatura do acordo

Enquanto isso, a greve continua no Colégio Pedro II e terá nova assembleia no dia 25 de junho. Decisões foram tomadas por servidores e servidoras que lotaram o auditório do campus Tijuca II. Indicativo de suspensão da greve com assinatura do acordo com o governo federal será levado à Plenária Nacional do Sinasefe.

IMPRENSA SINDSCOPE

A assembleia de greve do Colégio Pedro II decidiu indicar à plenária nacional da categoria a suspensão do movimento paredista de forma organizada e coesa, de forma condicionada à assinatura do acordo com o governo federal. Enquanto isso, a greve continua no CPII e terá nova assembleia no dia 25 de junho.

Convocada pelo Comando de Greve do Sinasefe, a 193ª Plenária Nacional ocorrerá em Brasília, nos dias 21 e 22 de junho – presencialmente e com possibilidade de participação por videoconferência.

A assembleia se posicionou favoravelmente à assinatura do acordo com o governo, envolvendo o conjunto de propostas apresentadas pelo Ministério da Gestão e Inovação nos Serviços Públicos e pelo Ministério da Educação, o que inclui as pautas tratadas nas recentes reuniões da mesa de negociação – ocorridas após o ‘ultimato’ dado pelo governo e que acabou sendo derrubado pela força do movimento.

Realizada no campus Tijuca II, na manhã e início da tarde desta quinta-feira, 19 de junho de 2024, a assembleia lotou o auditório local e foi marcada por um amplo espaço para o debate de ideias e avaliações do movimento.

Assembleia

A mesa que coordenou a assembleia foi composta por três mulheres: Flávia Assis Carvalho, Elizabeth Soares Dutra e Luiza Colombo.

O fato foi destacado, ao final da assembleia, pelo aspecto simbólico e histórico, num momento em que a luta das mulheres enfrenta novo ataque por parte da extrema direita no Congresso Nacional.

Fez-se, inclusive, um convite à participação na caminhada contra o Projeto de Lei 1904/2024, chamado de ‘’PL dos Estrupadores’, que ocorrerá no dia 23 de junho, no posto 4 da praia de Copacabana, a partir das 10 horas.

Votações

Na assembleia, o plenário votou separadamente aceitar ou não as propostas do governo e assinar o acordo, que depende ainda de uma formalização por parte do governo Lula. Neste ponto, decidiu-se por ampla maioria favoravelmente ao acordo de greve.

A decisão de encaminhar para a plenária nacional do Sinasefe o indicativo de suspensão da greve recebeu 319 votos, enquanto a defesa da manutenção da paralisação obteve 114 votos. Quatro servidores se abstiveram.

Noutra votação, logo depois, confrontaram-se duas propostas: 1) retorno imediato no dia 24, sem vinculação com a assinatura do acordo; 2) retorno vinculado à assinatura do acordo e nova assembleia no dia 25.

Venceu, por ampla maioria, sem necessidade de contagem de votos, a proposta 2, vinculando o retorno à assinatura do acordo e desde já convocando uma nova assembleia para a terça-feira (25), à tarde, novamente no auditório do campus Tijuca II.

As decisões da assembleia respaldam a proposta definida na reunião do Comando Geral da Greve do Sindscope, ocorrida na segunda-feira (17), que indicou a suspensão da greve condicionada à assinatura do acordo pelo governo e a convocação de uma nova assembleia após a plenária nacional da categoria.

Ao longo das votações referentes aos próximos passos do movimento paredista, foi ressaltado que essa é uma greve nacional, que começou a partir de um indicativo da plenária do Sinasefe e deve manter essa coerência e coesão até que seja concluída.

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