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Ato une servidores e garis e diz que governos provocam greves na Copa

Servidores do pedro II protestam em frente à Reitoria, pouco antes de ir para o ato conjunto - foto Samuel Tosta

Servidores do Colégio Pedro II em greve participaram do ato conjunto; na sexta (6), categoria acompanhará sessão do Consup

 Imprensa Sindscope

Servidores públicos federais, estaduais e municipais se uniram a garis e outras categorias na manifestação que percorreu o Centro do Rio, na noite da quinta-feira (5). Trabalhadores do Colégio Pedro II, em greve, participaram do protesto, que voltou a questionar os gastos com a Copa da Fifa e com o pagamento de juros das dívidas públicas a banqueiros.

Os manifestantes criticaram a falta de diálogo dos governos federal, estadual e municipal – e responsabilizaram Dilma, Pezão e Eduardo Paes pela onda de greves no Rio às vésperas da Copa, por se recusam a negociar de fato com as categorias. Garis da Comlurb disseram que a Prefeitura vem descumprindo o acordo que levou ao encerramento da paralisação em março e que trabalhadores vêm sendo demitidos. Eles ameaçam parar durante a Copa caso não cessem as demissões e as que já foram efetuadas não sejam revertidas.

A associação dos custos das obras da Copa com a situação precária dos serviços públicos esteve presente em palavras de ordem, cartazes, faixas e músicas. “E no Maraca, enquanto a bola rola, não tem saúde, não tem museu, não tem escola”, cantaram os manifestantes. O protesto criticou a política de privatizações dos serviços públicos. Por diversos momentos, os manifestantes destacaram a unidade das categorias. “A luta unificou: servidor, gari e educador”, cantaram. Os educadores das escolas municipais e estaduais em greve, que pouco antes participaram de assembleia convocada pelo sindicato do setor (Sepe-RJ), que manteve a paralisação, formavam a coluna mais numerosa na passeata.

A passeata unificada saiu da Candelária e percorreu a avenida Rio Branco até a Cinelândia, ocupando todas as faixas no sentido que vai para o Aterro do Flamengo. Compareceram ao protesto cerca de 1.300 pessoas. Quando os manifestantes passaram pelo museu de Belas Artes, um ativista que falava ao carro de som destacou que as despesas previstas pelo governo federal com a Cultura correspondem a apenas 0,13% do orçamento, enquanto os gastos com as dívidas públicas devem consumir 45% das receitas federais.

Ato na Reitoria

Servidores das escolas federais em greve participaram em bloco da passeata, levando faixas e bandeiras do Sindscope e faixa do sindicato dos servidores do Ines (Instituto Nacional de Educação de Surdos). Poucas horas antes, em São Cristóvão, trabalhadores do Colégio Pedro II haviam realizado assembleia na qual aprovaram a continuidade da greve e, logo em seguida, de ato em frente à Reitoria. O protesto foi em apoio à decisão do Conselho Superior (Consup) de suspender o calendário escolar, o que vem sendo desrespeitado pelo reitor, Oscar Halac. A assembleia também aprovou moção de repúdio ao reitor.

Na manhã desta sexta-feira (6), a partir das 10 horas, a categoria deve acompanhar a sessão do Consup, na qual posição da Reitoria diante da suspensão do calendário escolar é o único tema previsto para a pauta.

Já na terça-feira (10), às 17 horas, haverá ato público em frente à unidade Tijuca I, quando as precárias condições de trabalho vão ser denunciadas.

 

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