SINDSCOPE

Educação em greve vai às ruas, resiste à violência da PM e exige que Lula negocie com as categorias

Ato Unificado da Educação Federal em Greve no Rio levou técnicos, docentes e estudantes às ruas. Servidoras e servidores do Colégio Pedro II participaram e resistiram à violência policial, que tentou reprimir manifestantes

A greve do Colégio Pedro II voltou às ruas. Atendendo ao chamado do Fórum das Entidades Sindicais da Educação em Greve – RJ, do qual o Sindscope faz parte, servidores participaram da manifestação que começou às 10 horas desta quarta-feira (5), em frente ao Centro de Ciências da Saúde da UFRJ (CCS/UFRJ).

De acordo com o Fórum, a atividade visava destacar as pautas defendidas pela greve:

– Recomposição salarial;- Valorização e reestruturação das carreiras;

– Recomposição do orçamento das instituições de ensino federal;

– Revogação de portarias e normativas que prejudicam as condições de trabalho e ensino;

– Marcação imediata da mesa de negociação do PCCTAE.

As entidades expuseram que, sem o atendimento das reivindicações dos técnicos-administrativos em educação, que têm os piores salários do serviço público federal, não há possibilidade de acordo. A greve da educação fez também um apelo ao presidente Lula para que assuma as negociações com o setor.

A greve nacional da educação federal, iniciada em 3 de abril pelo Sinasefe, em 15 de abril pelo Andes-SN, e em meados de março pela Fasubra, já paralisa 562 campi de institutos e mais de 60 universidades federais em todo o Brasil. O movimento segue forte, unindo milhares de servidores técnico-administrativos e docentes na defesa das universidades, IFEs e do Colégio Pedro II.

Após as saudações das entidades presentes (Sindscope, Sintufrj, Sintuff, Asunirio, Andes, além de entidades estudantis, representantes da Educação do Rio e representações parlamentares), os manifestantes seguiram em passeata em direção à Linha Vermelha.

O Sindscope levou para o ato uma imensa bandeira, reafirmando que as categorias seguem unidas: “Sem TAE não há acordo. Lula, negocie já!”. Há uma avaliação entre servidores da educação federal de que ao negociar separadamente e de forma desigual com as categorias o governo tenta enfraquecer a greve e desunir os educadores.

O Colégio Pedro II, seguindo sua tradição de luta pela educação pública de qualidade e socialmente referenciada, participou do ato com um expressivo número de servidores.

Com o propósito de chegar à Linha Vermelha, a passeata seguiu em marcha, acompanhada de perto pela Polícia Militar. Porém, na tentativa de cercear a movimentação dos grevistas e dispersar a manifestação, que já ocupava a pista lateral e se encaminhava para a via central da Linha Vermelha, no sentido Baixada Fluminense, a PM, que já contava com oito viaturas, lançou nos manifestantes gás de pimenta por diversas vezes. Também mantiveram suas sirenes ligadas, ao que parece para tentar abafar as falas e os cânticos de protesto.

Os atingidos pelo gás, que fez diversas pessoas sentirem-se mal, foram, em sua maioria, os trabalhadores do Colégio Pedro II, pois a coluna do Sindscope se encontrava, com seu bandeirão, no final da passeata.

Apesar do imenso incômodo provocado pelo gás, e pelos empurrões que se seguiram, o que se viu foram servidores unidos, resistindo às investidas da PM. Os jatos lançados e os princípios de tumulto causados pela truculência policial eram respondidos com palavras de ordem como “A educação parou!”, em alusão à enorme adesão à greve.

Faixas de entidades foram destruídas pela polícia e mais gás foi jogado na direção das pessoas. Porém, o avanço dos carros da PM foi impedido e a passeata continuou seu curso. Para tal feito, educadores se colocaram à frente das viaturas. O servidor aposentado e ex-dirigente do Sindscope Jorge Campos, de 80 anos, chegou a se deitar no capô de um dos automóveis da PM para impedi-lo de avançar e tomar mais uma pista.

Mesmo com o carro de som do ato já distante, os trabalhadores do CPII, ativos e aposentados, de forma corajosa, mantiveram a passeata e impediram que a polícia os retirasse da rua.

Ao encerrar este dia de luta, Luiz Sérgio, da Coordenação-Geral do Sindscope, saudou a participação dos servidores: “O que fizemos aqui foi muito importante. A base do Sindscope, os servidores TAEs e docentes, demonstraram qual é o caminho na luta contra as privatizações e contra o arrocho salarial dos servidores: é ir para as ruas.”

IMPRENSA SINDSCOPE

📷 Veja aqui o álbum de fotos do dia: https://www.instagram.com/p/C72xmLZJ1ut/?igsh=NnV0b3RzY3kydDIx

📽 Assista aos vídeos da cobertura ao vivo do ato:

01) https://www.instagram.com/reel/C71fD-RJME7/?igsh=MTY0MTJwZDMwNzF4Nw==

02) https://www.instagram.com/reel/C71h8_yO7qM/?igsh=MW9icWEwYnppNjdzcA==

03) https://www.instagram.com/reel/C71k7P_Js6u/?igsh=ZXhkZm10NjFhMjdv

04) https://www.instagram.com/reel/C71k7P_Js6u/?igsh=ZXhkZm10NjFhMjdv

05) https://www.instagram.com/reel/C71sW-BpQ-8/?igsh=MTQ5ODczODJydmsxdA==

06) https://www.instagram.com/reel/C71wSdtJ5Ko/?igsh=OTh6OTNiOTBreXoy

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