Balbúrdia Contra o Corona: Grêmio estudantil faz campanha de solidariedade para enfrentar pandemia

Iniciativa é do Grêmio dos estudantes de São Cristóvão; Sindscope apoia mobilização

IMPRENSA SINDSCOPE

‘Balbúrdia Contra o Corona’ é o nome da campanha de solidariedade entre estudantes que o Grêmio estudantil dos campi São Cristóvão II e III lançou. O objetivo é arrecadar recursos para apoiar, durante a pandemia, as famílias de alunos que estejam em situação de vulnerabilidade.

É o que explica Lauanny Brandão, do 3° ano, da entidade estudantil: “Queremos dar suporte aos alunos que, enquanto grêmio, temos o dever de defender e apoiar. O objetivo principal é auxiliá-los financeiramente durante a crise econômica causada pela pandemia do coronavírus. Para tanto, criamos uma vakinha online com a meta de 7.500 reais pra que a gente possa repassar o valor de 300 reais para, no mínimo, 25 famílias”, disse à reportagem do Sindscope. A meta de apoio foi definida com base nos alunos que precisam da assistência estudantil, embora não se restrinja a eles. A campanha também envolve o campus São Cristóvão I. As contribuições podem ser feitas pela internet (http://vaka.me/993260).

Sindscope apoia

O Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II apoia a iniciativa por meio da Corrente Solidária, movimento lançado pela entidade, em conjunto com a Associação dos Docentes do CPII (ADCPII), que busca construir ações de solidariedade entre a classe trabalhadora, movimentos sociais e da juventude nesta crise pandêmica.

A estudante explicou que essa movimentação se contrapõe à omissão, ou mesmo ações em sentido contrário, de quem deveria assegurar condições de sobrevivência digna para todos. O próprio nome – Balbúrdia Contra o Corona – já carrega o tom crítico da campanha. A referência às declarações do ministro da Educação no ano passado, quando disse que os estudantes das instituições federais de ensino só faziam ‘balbúrdia’, se juntam às mais recentes, nas quais Abraham Weintraub ataca as medidas de isolamento e de proteção sociais.

“Em um mundo ideal, o governo tomaria decisões responsáveis. Implementaria a renda básica universal, incentivaria as pessoas a ficarem em casa e forneceria o apoio necessário pra que a quarentena total ocorresse. Mas não é o caso. Logo, nós, o povo, precisamos nos unir em solidariedade pra fazer o que o Estado não faz. É com isso em mente que o Grêmio tá tentando – ainda que de forma bem pequena – ajudar os alunos que mais precisam”, disse Lauanny.

A representante estudantil disse que a constatação de que era preciso fazer foi unânime no Grêmio, diante da constatação de que a situação do país impõe o “dilema de ficar em casa e ter dificuldades financeiras ou ir pra rua e se contaminar”. Resolveram, então, colocar o alcance do Grêmio nas redes sociais e a capacidade de comunicação com toda a escola a serviço desta campanha.

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