Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II apoia a legítima greve nacional da Cultura e se soma ao conjunto de entidades que cobram do governo federal a abertura efetiva de negociações.
IMPRENSA SINDSCOPE
A Diretoria do Sindscope — Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II — divulgou nota na qual declara total apoio e solidariedade às trabalhadoras e trabalhadores do Ministério da Cultura que estão em greve. A seguir, a íntegra da nota:
Amparado por decisão unânime da assembleia geral da categoria, o Sindscope declara total apoio à greve nacional das servidoras e servidores federais da Cultura, iniciada no dia 29 de abril de 2025.
O movimento paredista, que já alcança 22 estados do Brasil e o Distrito Federal, cobra do governo federal a abertura de negociações efetivas.
Em carta aberta à população, a categoria explica que a greve é resposta a uma situação grave, que se arrasta há anos, de descaso com os profissionais da área e de desmonte dos equipamentos e da política de atuação da Cultura: “Parar agora para não parar de vez”, adverte o documento.
Que alerta ainda que “os serviços públicos prestados pelas trabalhadoras e trabalhadores que atuam para garantir a proteção, a divulgação e o acesso aos serviços culturais Brasil afora” enfrentam barreiras que vão se tornando intransponíveis, erguidas pelas políticas de ajuste fiscal que levam ao desmonte do setor público e a terceirizações.
Menos servidores, sobrecarga de trabalho, evasão de profissionais, desestimulados pela ausência de um plano de carreira e salários defasados, aumento da contratação de temporários são algumas das consequências listadas, decorrentes da aplicação das políticas de desmonte.
A greve exige a abertura imediata de negociações efetivas com o governo, no Ministério da Gestão e Inovação nos Serviços Públicos e no Ministério da Cultura. No dia 20 de maio, a categoria realizou uma manifestação em frente ao Palácio Capanema, que estava sendo reinaugurado com a presença de uma série de autoridades. Conseguiram entregar a pauta da greve em mãos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem cobraram a abertura de diálogo e negociação de fato.
Assim como a Educação e a Saúde, o acesso à cultura pertence a direitos básicos e inalienáveis de todas as pessoas, independente de sua condição social. A precarização do setor e desvalorização de quem trabalha na Cultura, portanto, é inaceitável e configura-se num ataque ao conjunto da população.
Sindscope
(Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II)
*Apoio aprovado por unanimidade na assembleia geral da categoria.
