Assembleia geral da categoria ratificou a posição defendida pela Diretoria do Sindscope, em apoio ao deputado federal Glauber Braga. Caravana da campanha está percorrendo todos os estados do país para tentar reverter o processo, impulsionado pela extrema direita e pelo ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, principal articulador do ‘Orçamento Secreto’.
IMPRENSA SINDSCOPE
Servidores e servidoras do Colégio Pedro II aderiram coletivamente ao movimento nacional em defesa do mandato do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), sob ameaça de cassação na Câmara dos Deputados.
A assembleia geral da categoria, realizada no dia 7 de maio de 2025, ratificou a posição que já havia sido divulgada pela Diretoria do Sindscope, de apoio ao parlamentar, cuja atuação é marcada pela defesa dos direitos da classe trabalhadora.
Em abril, a Comissão de Ética da Câmara votou, por 13 votos a 5, posição pela cassação de Glauber. O parecer do deputado federal Paulo Magalhães (PSD-BA), relator do caso, recebeu críticas por omitir fatos e apresentar justificativas pífias para isso. O mesmo parlamentar se absteve quando se posicionou sobre a cassação do então deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), preso desde março do ano passado, sob a acusação de mandar matar Marielle.
O deputado que não viu razão para cassar quem é réu num processo referente ao bárbaro assassinato de Mariele Franco, portanto, recomendou a cassação de Glauber por “agir contra o decoro” no caso em que empurrou e expulsou da Câmara um militante do grupo de extrema direita MBL. O militante o ofendia com ataques à sua mãe, à época internada e que pouco depois viria a falecer.
O apoio público aprovado na assembleia do Sindscope se junta a um movimento articulado nacionalmente. Uma caravana com o parlamentar está percorrendo os 26 estados do país e o Distrito Federal para tentar reverter o processo de cassação, que pode ser levado a qualquer momento para apreciação no Plenário da Câmara.
Glauber vem afirmando que é alvo de uma perseguição por parte do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PL-AL). O parlamentar teve uma atuação firme ao denunciar as chamadas emendas do ‘orçamento secreto’ de Lira, o que irritou e incomodou o então presidente da Câmara.
“Isso não só sou eu que digo, isso é hoje voz corrente dentro do próprio Congresso: que quem deu tração a essa tentativa de cassação foi Arthur Lira. O provocador do MBL, que por sete vezes foi atrás de mim me atacar e, na quinta vez, desferiu todo tipo de ofensa à minha mãe, é a desculpa, é o sócio minoritário da história”, disse Glauber Braga, em entrevista recente ao portal de notícias “Brasil de Fato” na Paraíba.
Na mesma entrevista, Glauber propõe que o movimento que o apoia ajude a ampliar as denúncias contra o Orçamento Secreto, que ‘se apropria de bilhões de reais do fundo público, sem qualquer transparência’. Também afirma que a resistência ao que está em curso precisa ser prioritariamente nas ruas. “Talvez o mais importante disso tudo é que fique uma demonstração que a luta da esquerda tem que se dar no espaço público, na rua, e não reduzido aos espaços institucionais, aos palácios”, defendeu.
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