Vereador bolsonarista terá relatório da Comissão de Ética pela perda de mandato apreciado no Plenário da Câmara Municipal do Rio nesta quinta (18). Concentração para o ato começa às 16h, na Cinelândia.
IMPRENSA SINDSCOPE
Nota divulgada por movimentos feministas reunidos no #8MRJ defendem a cassação do vereador Gabriel Monteiro. Aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), o vereador da Câmara Municipal do Rio de Janeiro é acusado de quebra de decoro parlamentar por filmar relações sexuais com mulheres sem consentimento delas, inclusive menores de idade, e forjar vídeo para obter audiência ‘positiva’ na internet.
O movimento também está convocando ato público para o final da tarde desta quinta-feira, 18 de agosto de 2022, quando o caso será levado à apreciação do Plenário da Câmara. A concentração para o ato “Mulheres Pela Cassação de Gabriel Monteiro” está marcada para começar às 16 horas, na Câmara dos Vereadores, na Cinelândia, no Centro do Rio.
O vereador é acusado também, no Conselho de Ética da Câmara, de prática de estupro e assédio moral e sexual contra funcionárias do gabinete. O vereador nega as acusações, embora admita as filmagens – alegando que filmava as relações sexuais para evitar eventuais acusações posteriores de estupro.
A nota do movimento #8MRJ menciona mulheres que lutaram pelos direitos feministas ao defender a perda do mandato do vereador. “Ao parlamento carioca: em uma Câmara Municipal que já teve Marielle Franco, Benedita da Silva, Jurema Batista, militantes em defesa dos direitos humanos nas suas fileiras, é urgente expulsar Gabriel Monteiro, aliado de Bolsonaro, desse lugar de representação da sociedade carioca”, diz trecho da nota divulgada pelo movimento, que prossegue:
“O Rio não merece que Gabriel Monteiro continue como vereador desta casa! Como resposta de que a vida de todas as mulheres importam e em defesa da memória de Marielle Franco, brutalmente assassinada, somos pela cassação do seu mandato já!”.
O relatório do Conselho de Ética pela cassação foi aprovado por unanimidade. De autoria do vereador Chico Alencar (PSOL), relator do processo, será agora submetido a todos os 51 vereadores da Câmara. São necessários 34 votos para que Monteiro perca o mandato – o que o tornaria também inelegível e impedido de disputar as eleições parlamentares de outubro.
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