A Frente contra o Ensino Remoto/EaD na Educação Básica promove, nos dias 27 e 28 de fevereiro, o seminário “EDUCAÇÃO PÚBLICA PARA ALÉM DA PANDEMIA: ORGANIZAR E RESISTIR”
A participação é aberta a todos os interessados em contribuir com esta luta.
A seguir, a descrição do evento segundo os organizadores:
Este é o primeiro Seminário organizado pela Frente contra o Ensino Remoto/EAD na Educação Básica. Após meses de luta contra a implementação de um modelo de ensino gerencialista, privatista e excludente, organizamos este primeiro seminário com o intuito de debater a situação política e pedagógica em que a educação pública se insere e, mais fundamental, realizar encaminhamentos para a luta, organização e resistência no chão das escolas. Todas as pessoas receberão certificado de participação.
Ele será realizado nos dias 27 e 28 de Fevereiro de 2021 e está organizado da seguinte forma:
*27 de Fevereiro – SÁBADO
Primeira mesa de debates (10h às 12horas) – DEFENDER A VIDA TAMBÉM É COMBATER A OFENSIVA DOS MERCADORES DA EDUCAÇÃO: A LUTA CONTRA A PRECARIZAÇÃO E PRIVATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA
*Grupos de Trabalho (27/02): 14h às 16horas
1- EMPRESARIAMENTO E FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO
Esse GT visa discutir temáticas acerca do processo empresarial na educação, através dos aparelhos privados de hegemonia, agrupando coligados e assumindo a aparência de movimento democrático. Tal forma de atuação visa desviar o financiamento da Educação pública para garantir as condições adequadas à reprodução ampliada do capital. A organicidade do empresariado brasileiro e a sua entrada na educação, inclusive na formulação e prática das políticas públicas educacionais, é um fenômeno pesquisado em várias instâncias. Quais são os impactos desses processos no momento atual e pós-pandemia? Também almeja discorrer sobre como a educação inclusiva vem sendo inserida nesse contexto. E, por fim, esse grupo tem como objetivo debater propostas de resistência e luta contra esse processo privatista da educação pública no chão da escola.
2- EDUCAÇÃO INFANTIL
Esse GT tem em vista debater o caráter de reconfiguração da educação infantil, que negligencia as especificidades necessárias que garantam qualidade para bebês e crianças das classes populares. Pretende-se valorizar as experiências vividas na Educação Infantil e refletir sobre como o projeto neoliberal tem atingido de forma cruel esse segmento. Também almeja discorrer sobre como a educação inclusiva vem sendo inserida nesse segmento. Apontar as contradições desse projeto e analisar os impactos dessas reformas no momento atual e pós-pandemia. E, por fim, esse grupo tem como objetivo debater propostas de resistência e luta na educação infantil no chão da escola/creche.
3- EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Esse GT pretende debater e analisar os impactos da desescolarização que a EJA vem sofrendo de forma intensa no período pandêmico, assim como o processo intenso de precarização docente e ausência de políticas públicas para a modalidade. Dialogar sobre os desafios enfrentados pela EJA, já que a modalidade sempre foi excluída. Também almeja discorrer sobre como a educação inclusiva vem sendo implementada nesse segmento. Apontar as contradições dos projetos neoliberais e analisar os impactos deles no momento atual e pós-pandêmico. E, por fim, esse grupo tem como objetivo debater propostas de resistência e luta na educação de pessoas jovens, adultas e idosas(educação da classe trabalhadora) no chão de escola.
*Grupos de Trabalho (27/02): 16h às 18horas
4- REFORMAS CURRICULARES
Esse GT visa debater o impacto das reformas curriculares (implementação da BNCC – Base Nacional Comum Curricular – e Reformas do Ensino) na educação pública como um todo, bem como no sentido e organização do trabalho docente. As reformas carregam um invólucro democrático, mas pretendem atender aos interesses das classes burguesas, precarizando ainda mais as escolas e o direito ao estudo do povo. Quais são os impactos dessas reformas no momento atual e pós-pandemia? Por fim, esse grupo tem como objetivo debater propostas de resistência e luta contra esse processo reformista da educação pública desde o chão das escolas.
5- EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA E EDUCAÇÃO DO CAMPO
Esse GT tem a intenção de refletir sobre as práticas e políticas antirracistas e do campo em todos os segmentos de ensino da educação pública. Pretendemos discutir as práticas pedagógicas (previstas nas leis 10.639/03 e 11.645/08) voltadas para as diversidades e interculturalidades, em que se planejam ações efetivas que busquem, coletivamente, refletir e enfrentar o racismo, através da produção e introdução de epistemes invisibilizadas e subalternizadas pela Colonialidade. Na educação do campo, é preciso considerar a diversidade contida nos espaços rurais, contemplando as características de cada local, bem como os saberes ali presentes. Por fim, esse grupo tem como objetivo debater propostas de resistência e luta que incluam tais práticas da educação pública no chão das escolas.
6- A LUTA DOS(AS) TERCEIRIZADOS(AS) E FUNCIONÁRIOS(AS) DA EDUCAÇÃO
Esse GT propõe um debate classista, dando voz para um grupo muitas vezes silenciado nos fóruns de luta. Discutir sobre o processo de terceirização e precarização do funcionalismo da educação se faz urgente. O aumento da precarização chega quando percebemos elevação na intensidade da exploração, a depressão dos salários e a busca desesperada por uma vaga de trabalho. Todos os ataques ao trabalho são inerentes à dinâmica estrutural capitalista e degrada o homem e a natureza externa a ele. E, por fim, esse grupo tem como objetivo debater propostas de resistência e luta no funcionalismo da educação (seja concursado ou terceirizado).
*28 de Fevereiro – DOMINGO
Segunda mesa de debates (10 h às 12horas) – A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO E A NECESSÁRIA RESISTÊNCIA CLASSISTA: UM DEBATE SOBRE AS LUTAS SINDICAL E ESTUDANTIL NA ATUALIDADE
*PLENÁRIA FINAL para apresentação de propostas dos Grupos de Trabalho e Encaminhamentos (14 h às 16horas)
Link para Inscrição: https://forms.gle/dgzMNgi9xBAz59aW9
Link do evento: https://www.facebook.com/events/415062482893866
