Sindscope também defende o fim da escala 6×1 e vai ao ato desta sexta (15), às 10h na Cinelândia

Sindicato convida a categoria a participar da manifestação que acontecerá no feriado de 15 de Novembro, a partir das 10 horas, na Cinelândia, no Centro do Rio

IMPRENSA SINDSCOPE

O Sindscope reafirma o apoio à luta pelo fim da escala 6×1 no Brasil (seis dias de trabalho e apenas um dia de descanso) e convida a categoria a participar, na manhã desta sexta-feira, feriado de 15 de Novembro, data da Proclamação da República, da manifestação convocada para a Cinelândia (em frente à Câmara de Vereadores), a partir das 10 horas. A escala 6×1, que chega a impedir que famílias consigam se reunir, vem sendo apontada como ‘desumana’.

Com isso, cresce a campanha pela redução da jornada e pelo fim de uma rotina cada vez mais desgastante de trabalho – agravada pela retirada de direitos imposta pela ‘reforma’ trabalhista e pela precária rede de transportes públicos, que faz com que muitos trabalhadores e trabalhadoras percam mais de cinco horas diárias apenas com o deslocamento até o local de trabalho.  

Haverá atos em outras cidades do país nesta mesma data, que estão sendo convocados por entidades sindicais e populares a partir de uma iniciativa do movimento Vida Além do Trabalho (VAT), que ajudou a deputada Erika Hilton (PSol-SP) a formular a proposta de emenda constitucional que acaba com a escala 6×1.

Como ficaria a jornada de trabalho

A PEC mantém o limite de 8 horas diárias de trabalho, mas reduz a jornada de trabalho legal no Brasil de 44 horas para 36 horas máximas semanais, com quatro dias por semana de trabalho e três de descanso (4×3), sem redução de salários.

A proposta ganhou força nas redes sociais e dentro do Congresso Nacional, ultrapassando as 171 assinaturas exigidas para que a PEC seja protocolada e possa começar a tramitar na Câmara dos Deputados. Na quarta-feira (13), o texto já contava com 194 assinaturas – reunindo majoritariamente parlamentares da esquerda, mas também do ‘centro’ e da direita.

Oposição de ricos empresários

Por outro lado, setores empresariais – e dentro do Congresso particularmente o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro – vêm atuando para tentar impedir que a proposta avance. Maior bancada da Câmara, apenas um deputado do PL assinou o requerimento da PEC. Para avançar na Câmara dos Deputados, a proposta precisa agora passar pela CCJC (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania), hoje presidida pela deputada bolsonarista Caroline De Toni (PL-SC).

A tentativa destes setores de tentar travar o projeto reflete a oposição de setores empresariais à proposta que pode pôr fim à atual escala que hoje faz com que milhões de famílias jamais consigam se reunir plenamente. Também na quarta-feira (13), entidades como Confederação Nacional da Indústria (CNI), Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio) e Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) se posicionaram contrárias à proposta de emenda constitucional.

Diante desse quadro, as manifestações de rua podem ser decisivas para que a proposta efetivamente caminhe no Congresso Nacional e não seja engavetada, como querem os mais ricos empresários do país.

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