Greves na educação federal crescem e governo antecipa reunião geral e marca primeira setorial. Servidores e servidoras do Colégio Pedro II fazem assembleia nesta quinta, tendo entre as pautas propostas organizar caravana a Brasília e tratar de demandas internas.
IMPRENSA SINDSCOPE
Sob pressão das greves na educação federal, duas rodadas das mesas nacionais de negociação com o governo Lula estão na agenda desta segunda semana de abril de 2024 e da greve do Colégio Pedro II – movimento que integra a paralisação nacional por tempo indeterminado deflagrada nas instituições federais de ensino básico, tecnológico e profissional, que conformam a base do Sinasefe.
Nesta quarta-feira (10), à tarde, representantes das entidades sindicais nacionais do funcionalismo federal, entre eles o Sinasefe, se reúnem, pela oitava vez desde o primeiro trimestre de 2023, com secretários do Ministério da Gestão e Inovação nos Serviços Públicos (MGI).
Para quinta-feira (11), pela manhã, está finalmente prevista a primeira reunião da Mesa Setorial Permanente de Negociação no âmbito do Ministério da Educação (MSNP-MEC). Este espaço foi instituído com o objetivo de tratar de questões setoriais que não tragam impactos financeiros. No entanto, como ressaltou o secretário-executivo substituto, Gregório Durlo Grisa, na mensagem em que convida as entidades sindicais para a reunião, esta instância do processo de negociação “poderá encaminhar proposta ao MGI para abertura de mesa específica ou temporária, no caso das demandas que tenham impacto orçamentário, sem prejuízo da iniciativa das entidades em apresentar suas pautas”.
A semana também terá uma série de atividades de greve nos campi do Colégio Pedro II, articuladas a partir dos comandos locais e do comando central da paralisação, instalado a partir da assembleia de quinta-feira passada.
A Agenda das Atividades de Greve pode ser acessada clicando abaixo:
AGENDA DA GREVE – 11 a 17 de abril
Mesas com o governo e caravana
A reunião específica ocorrerá pela manhã. Portanto, informes do seu resultado já devem ser repassados para a categoria no primeiro ponto de pauta da assembleia geral convocada pelo Sindscope também para quinta-feira (11), a partir das 13h30min, no auditório do campus Tijuca II. A assembleia terá como pontos de pauta, entre outros, a organização da caravana que vai a Brasília na semana que vem e tratar de demandas internas no contexto da greve.
Mais sobre a assembleia convocada pelo Sindscope:
Greve no CPII terá assembleia quinta (11), no campus Tijuca II: caravana a Brasília e demandas internas na pauta
A antecipação da reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente, que trata da recomposição salarial e estava prevista apenas para junho, e a marcação da primeira setorial, ambas demandadas pelo Sinasefe e outras entidades, sinalizam uma preocupação do governo com o crescimento dos movimentos paredistas.
Podem, sem receio, serem creditadas à força das greves – além da educação básica, nas instituições federais de ensino superior (Ifes) os técnicos e técnicas, da base da Fasubra, estão em greve desde o dia 11 de março, enquanto as professoras e professores, da base sindical do Andes-SN, preparam a entrada em greve a partir do dia 15 de abril.
Não é possível, no entanto, em meio a especulações que sempre ganham as redes sociais e as notícias da mídia comercial, prever se haverá ou não de fato avanços num processo negocial que já foi apelidado de ‘mesa de enrolação’. Algo que as greves em curso buscam, justamente, reverter.
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